25 de julho de 2008

Atividade: Água - Onde Estou na Linha do Tempo

Em, junho, educadores de Uberaba, Patos de Minas, Araxá e Patrocínio (MG) e Catalão (GO) participaram de oficinas do projeto Água, Cidadania e Cultura, patrocinado pela Fosfértil. Compartilhamos com você, internauta, uma das atividades da oficina, que trabalhou a questão cultural da água junto a professores de Ensino Fundamental II. Essa atividade criativa pode ser adaptada para a sala de aula:

Encaminhamento da atividade em grupo
Antes de iniciar a atividade com o grupo, selecione 60 palavras relacionadas à água, que representem os seguintes aspectos: técnicas de abastecimento, problemáticas relacionadas e costumes. Essas palavras devem estar associadas a história da relação do homem com a água, ao longo do tempo. Exemplos: aquedutos, epidemias de cólera e tifo, poço artesiano, saneamento básico, chafariz, lavadeiras, monjolos, entre outros. Escreva essas palavras em cartões e coloque-os em um envelope ou sacola.


1. Reúnam-se em grupos e escolham no “saco da linguagem” 10 palavras, aleatoriamente. Em seguida, ordenem as palavras numa linha do tempo, pensando o antes e o depois, e permanências em relação à água.

2. A seguir, elejam um porta-voz do grupo, que deve apresentar seus membros e a linha do tempo, explicando como ordenaram as palavras.

3. O grupo deve comentar com o professor: o que sabem sobre o acesso à água potável ao longo da história humana e o acesso à água pela população brasileira.


4. Ouçam a música Lata d´água, um samba de Luís Antonio e J. Júnior (1952). O arquivo digital da música está disponível no site da
Rádio USP. A escultura da foto é do artista plástico Orlando Teruz (1902-1984).

Lata d´água
Lata d'água na cabeça
Lá vai Maria
Lá vai Maria
Sobe o morro e não se cansa
Pela mão
Leva a criança
Lá vai Maria

Maria
Lava a roupa
Lá no alto
Lutando pelo pão
De cada dia
Sonhando com a vida
Sonhando com a vida
Do asfalto
Que acaba
Onde o morro principia

5. Em grupo, debata o tema da música e seu contexto relacionado à história do Rio de Janeiro. Comente como era o acesso à água em sua cidade e em seu bairro, antigamente e hoje.

6. Ao final, criem uma paródia da música com essas palavras. Como ficaria a letra “Lá vai... com o nome do professor ou do aluno?

7. Façam a leitura coletiva do texto
A Disputa Pela Água, de Marcelo Monteiro – clique aqui para acessar o texto na internet. Observe as imagens da reportagem com atenção.

8. Para finalizar, encaminhe com seus alunos uma pesquisa sobre a história do sistema de abastecimento de água na cidade e do bairro onde moram:

- Identificar antigas bicas, fontes, poços do bairro e colher lembranças;


- Organizar tabelas identificando: as mudanças, as permanências, as semelhanças e as diferenças no acesso à água em diferentes épocas, em diferentes locais e por diferentes grupos sociais;

- Montar exposições sobre a história da água na cidade e no bairro onde moram, incluindo músicas, textos, desenhos e fotos antigas e recentes, sobre o sistema de abastecimento de água do local;

- Organizar com os alunos campanhas de valorização e preservação do patrimônio histórico do bairro, no sentido de preservar locais de memória de fontes e bicas (antigas e atuais).



16 de junho de 2008

Para falar de meio ambiente com as crianças

Postado no blog Educom Verde:

Despertar o prazer pela leitura e, ao mesmo tempo, passar uma mensagem positiva sobre a natureza, também com prazer. Isso é possível? Para o músico Tino Freitas, do projeto Roedores de Livros, com certeza...

"Dia desses recebemos o convite da Débora Menezes, que cuida com muito carinho do blog Educom Verde, para escrevermos sobre Literatura Infantil, convidando os educadores ambientais a promover a educação ambiental por meio da leitura. Vale à pena explicar que o nosso projeto, o Roedores de Livros, oferece a um grupo de crianças no entorno de Brasília o contato com os livros. Acreditamos que o contato com a Literatura Infantil é uma importante ferramenta não só para estimular a fantasia - e com isso a criatividade – mas também para formarmos cidadãos com um melhor preparo para enfrentar o mundo real.


No projeto Roedores de Livros não temos uma preocupação didática e a “moral da história” fica a cargo de cada leitor/ouvinte. Mas não pense que no campo da fantasia não existem livros que falem sobre educação ambiental. Por isso, escolhemos três histórias que gostamos muito e convidamos a todos, professores ou não, a descobrir o que estes livros podem oferecer, além de um mundo fantástico. Leiam para si, para seus filhos, para seus alunos. Compartilhem o que a Literatura Infantil pode oferecer de melhor para um adulto: a oportunidade de dividir seu tempo com uma criança.


Veja – e leia – as dicas!



(Texto e fotos de Bia Hetzel, Ilustrações de Graça Lima, Editora Manati)


É um clássico. Mistura realidade e ficção sem ser enfadonho, cansativo. A personagem que dá título ao livro é uma baleia-jubarte que fala sobre a sua espécime e as atitudes do homem para com as baleias. Há momentos de extrema criatividade como quando Rosalina descreve seu primeiro encontro com os homens: “eles eram esquisitos, com quatro nadadeiras, como uma tartaruga sem casco”. No meio do livro, um fato real: o encalhe de uma baleia-jubarte no litoral do Rio de Janeiro em 1991.


É claro que nesta relação homem x baleias não podiam faltar arpões e vazamentos de petróleo no mar, porém Bia Hetzel deixa espaço para ações de preservação citando o trabalho do Instituto Baleia Jubarte. Parece incrível que uma história possa ficar boa com tanta informação, não é, mesmo? Mas Rosalina, a pesquisadora de homens consegue informar sem didatismo, numa história que encanta o leitor. O projeto gráfico também é primoroso. Mistura fotos da autora com ilustrações da premiadíssima Graça Lima.


Em determinado momento, foto e ilustração se combinam numa mesma página. Lindo de se ver. No fim do livro, depois de contar a história, a autora dedica duas páginas para falar sobre Rosalina, a verdadeira, lixo flutuante e baleias-jubarte. Este livro também recebeu o selo “Altamente Recomendável para Crianças” da Fundação Nacional do Livro Infantil e Juvenil (FNLIJ).



(texto e ilustrações de Gary Larson, Cia das Letrinhas)

É, antes de tudo, um livro muito engraçado. Uma família de minhocas (pai, mãe e filho) jantam em casa quando o pequeno minhoco encontra um cabelo na terra que comia. Ele acha tudo aquilo o fim da picada: “Estamos debaixo de todo o mundo! Somos o último escalão da cadeia alimentar! Comida de passarinho! Isca para pescaria! Que vida é essa, me digam! Nunca saímos para nadar, para acampar, para uma caminhada, nada! (...) E além do mais, eu já ia esquecendo, comemos terra! Terra no café da manhã, terra no almoço, terra no jantar! Terra, terra, terra! E agora, ainda por cima, vejam só! Aparece um cabelo na minha terra! O insulto final – não agüento mais! Detesto ser minhoca!”.


Papai minhoco resolve, então, contar a história de Benedita, uma linda donzela que vivia numa floresta e que se encantava com a magia da natureza. Durante um passeio, a tal Benedita vai se encantando com a natureza ao redor, enquanto o senhor minhoco, narra todos os equívocos daquele encanto superficial, oferecendo ao leitor um choque de realidade. Tudo com muito humor. No final, o pequeno minhoco percebe que amar a natureza não é o mesmo que entender a natureza. Que o mundo natural é feito de conexões e que as minhocas também tinham sua importância para o bom funcionamento do todo. As ilustrações também trazem o bom humor do texto. Por exemplo, na sala de jantar das minhocas, a terra está servida em pratos, acompanhados de talheres. Gary Larson conta uma história divertida, inusitada que oferece caminhos para ensinar ao leitor sobre preservação do meio ambiente.



(Texto e ilustrações de Shel Silverstein, Cosac & Naify)

Carrega consigo o encanto das histórias eternas. Depois que a gente lê, quase sem querer, a guardamos na memória, na gaveta onde estão Chapeuzinho Vermelho e o Patinho Feio. Simples e belo. Encantador. Acompanha a relação de amizade entre uma árvore e um homem desde a sua infância, passando por sua juventude até a velhice. Sendo a árvore um símbolo da Natureza, e o personagem-homem comparado a todos nós, fica óbvia a relação em que para tudo usamos da natureza que gentilmente nos oferece diversão, casa, trabalho e descanso, sem exigir nada em troca.


O livro não fala das conseqüências desta amizade, pois o mais importante ali é mostrar a generosidade da árvore-natureza. Mas alerta, nas entrelinhas, para que nós saibamos desfrutar da vida com mais responsabilidade, afinal, somos filhos queridos da mãe-natureza. Somos?!"

2 de junho de 2008

Plano de aula 2: uma reflexão sobre o lixo e a coleta seletiva

Em comemoração ao Dia Mundial do Meio Ambiente (5 de maio) a Horizonte Geográfico elaborou um especial sobre meio ambiente no site, com uma coletânea de reportagens publicadas sobre diversos temas socioambientais. Nossa equipe educacional aproveitou para elaborar alguns planos de aula utilizando o especial. Boa leitura!

Disciplina: Língua Portuguesa, Geografia, Ciências.
Objetivos: refletir sobre a questão do lixo na sociedade atual (preparação sensibilizatória para futuras atividades de coleta seletiva na escola).
Sugestão de ciclo: Ensino Fundamental I e II (todos os anos).
Materiais: cópias da reportagem A
Nova Face do Lixo, vídeo Ilha das Flores, que pode ser visto no site Porta Curtas, fichas de papel colorido, canetas hidrográficas.
Tempo de duração: 2 a 4 aulas.
Dicas de leitura para o professor: o site
Porta Curtas tem várias opções de filmes e documentários de curta duração para serem utilizados na sala de aula. O site do Compromisso Empresarial Para a Reciclagem (Cempre) tem boas informações e números sobre o lixo no Brasil.

- Prepare os alunos para a atividade com o filme Ilha das Flores, do diretor gaúcho Jorge Furtado, uma crítica sobre a sociedade de consumo, que acompanha a “trajetória” de um tomate, desde a plantação, até ser jogado no lixo. Converse com eles para saber sua percepção sobre o que é lixo, o que é desperdiçado, o que pode ser re-utilizado.- Apresente o filme, que tem 13 minutos de duração. Em seguida, abra um debate de 20 minutos para que cada aluno se manifeste sobre o que achou do documentário. Levante com eles: Que tipo de linguagem o curta-metragem utiliza? Onde se passa a filmagem? Que impressões causam essas imagens? Qual mensagem o vídeo transmite? O que acharam do caminho do tomate?


- Amplie o debate do filme para a situação do lixo no cotidiano dos alunos. Pergunte a eles se fazem idéia de quanto resíduo é gerado em casa? Peça para que conversem com os pais e observem a produção de lixo em casa, durante uma semana, anotando no caderno a quantidade diária, o tipo de lixo gerado, etc. Se possível, planeje com eles um levantamento da quantidade e do tipo de lixo gerado na escola, realizando a coleta de dados em todos os ambientes disponíveis e com o auxílio dos funcionários. Peça para que anotem, ainda, se os pais e a escola participam de coletas seletivas; se sim, questionem como a coleta funciona. Se não, perguntem porque ela não acontece.

- No retorno da semana que passou, peça para que alguns alunos socializem o que observaram em casa – e também dentro da escola, se conseguiram levantar estas informações. Introduza o texto A Nova Face do Lixo, que traz informações sobre a reutilização do lixo proveniente de coletas e pergunte sobre os resíduos que observaram em casa e na escola: eles podem ser coletados e transformados em novos produtos? Deixe cinco minutos para cada um pensar que atitudes individuais cada aluno pode ter para reduzir a quantidade de lixo que produz, e para estimular a coleta do que pode ser reaproveitado e transformado. As idéias serão brevemente discutidas e impressas em fichas coloridas, que poderão ser espalhadas pela sala de aula ou até mesmo pelas áreas de maior passagem de alunos pela escola, para “lembrá-los” sobre o tema que refletiram.

- Numa próxima etapa, se possível, na mesma semana ou seqüência, convide o representante de uma empresa ou cooperativa responsável por coletas de lixo em em sua região para uma palestra sobre o tema: “resíduos em casa”. Direcione esse representante para falar um pouco sobre números do lixo, o que pode ser reciclado, exemplos de empresas que promovem reciclagem na região de entorno da escola, no bairro, etc.

- A partir dessa palestra, você pode promover outras atividades com os alunos e comunidade interna (diretoria, funcionários e professores) a respeito da coleta seletiva na escola, no bairro, na região. Os alunos podem participar na divulgação e mobilização, produzindo e distribuindo folhetos sobre como será a coleta, como as pessoas podem contribuir para a redução de consumo, etc. Os estudantes ainda podem acompanhar o processo da coleta seletiva quando ela for efetivada, anotando, durante alguns períodos do ano, a quantidade de lixo que está sendo coletado, o tipo de lixo, entre outras informações.

Planos de aula 1: Pensando o consumo

Em comemoração ao Dia Mundial do Meio Ambiente (5 de maio) a Horizonte Geográfico elaborou um especial sobre meio ambiente no site, com uma coletânea de reportagens publicadas sobre diversos temas socioambientais. Nossa equipe educacional aproveitou para elaborar alguns planos de aula. Boa leitura!

PENSANDO O CONSUMO

Disciplina: Língua Portuguesa.
Objetivos: promover uma reflexão sobre o consumo a partir do olhar dos alunos e incentivar o uso de linguagens diferenciadas (internet, fotografia) para as habilidades de leitura e escrita.
Sugestão de ciclo: Ensino Fundamental I e II (todos os anos).
Materiais: cópias da reportagem
Desenvolvimento Sustentável, computador com internet para a produção e alimentação do blog, ou placa de cortiça, cartolinas e canetas hidrográficas para a confecção de um mural.
Tempo de duração: 2 a 4 aulas.
Dicas de leitura para o professor: para entender sobre o universo do uso de ferramentas de internet na sala de aula, como blogs, acesse o site
Educarede e o Bloguinfo – blog da professora Sintian Schmidt (de Caxias, RS), com links para vários outros sites que tratam do tema informática na educação. Sobre consumo consciente, visite o site Akatu.

Abra uma roda de conversa com os alunos sobre o tema consumo consciente. O que entendem por consumo? O que eles consomem ou utilizam no dia-a-dia: alimentos?Quais? De onde vem? Água? Para que? Energia?Quais e para que?Onde se originam? Eles têm idéia do impacto de seu consumo sobre os recursos naturais?- Promova a leitura compartilhada da reportagem Desenvolvimento Sustentável, solicitando que procurem no dicionário as palavras mais difíceis. Escreva na lousa a frase “Chegamos a um momento na qual a tomada de decisões certas é muito importante”, dita por Kofi Annan, secretário-geral das Nações Unidas. Questione com os alunos o significado dessa frase na questão do consumo.


- Durante a leitura da reportagem peça que eles destaquem: quais foram os impactos do consumo crescente sobre os impactos naturais? O que significam os números apresentados na matéria, informando, por exemplo, que “100% foi o aumento do consumo de água para irrigação, residências e indústrias nos últimos 40 anos”? E que iniciativas pelo consumo consciente estão sendo realizadas, de acordo com a reportagem? Peça para que anotem suas observações no caderno e solicite uma pesquisa extraclasse sobre medidas individuais e coletivas para diminuir os impactos do consumo.

- Antes de iniciar o trabalho de produzir um blog ou mural, converse com os alunos que formas de divulgar idéias e ações positivas sobre consumo consciente eles conhecem: campanhas na televisão? Jornais? Rádio? Como os veículos de comunicação podem ajudar na propagação de boas idéias? Peça para que dêem exemplos e anote os principais pontos da discussão na lousa.

- Explique à turma que eles irão criar um blog ou mural, que também é um veículo de comunicação. Divida a turma em quatro ou cinco grupos e solicite que cada um pesquise e reflita sobre a criação do blog ou mural voltado para a propagação de idéias sobre consumo consciente: para que e para quem ele vai servir? Que título ele terá? Como será divulgado? Que textos, desenhos e fotografias os alunos sugerem, dentro do tema proposto? Cada grupo deve eleger um porta-voz para apresentar as idéias no final da aula.


- Antes de seguir para o laboratório de informática ou para produzir o mural, os porta-vozes devem apresentar suas sugestões. Você, professor, deve ser o mediador na escolha do título do blog ou mural, o tema, a divulgação, etc. Organize também, com eles um “cronograma de trabalho”, onde os alunos irão se comprometer a escrever para o blog pelo menos uma vez por semana.

- No laboratório de informática, com auxílio do responsável, crie um blog temático sobre consumo consciente e divulgue junto a outros alunos e professores. Solicite que os estudantes divulguem, também, junto a seus amigos. Se a escola não tiver laboratório, uma opção é substituir o blog por um mural onde os alunos irão “pendurar” suas reflexões e dicas sobre o tema. O mural pode ser afixado em um lugar visível a todos os alunos da escola, e ser atualizado com informações semanalmente.

30 de maio de 2008

Editora Horizonte inaugura exposição sobre reciclagem em BH

Para comemorar a semana do Meio Ambiente, a Editora Horizonte inaugura no dia 3 de junho, em parceria com o Instituto Unibanco, a exposição A Arte da Reciclagem. Com painéis retratando fotografias de Paulo Fridman, essa exposição traz os bastidores – e as pessoas – envolvidas na coleta e na transformação de resíduos domésticos em novos produtos. A exposição segue até 17 de junho.

Essa mostra já passou por várias cidades brasileiras e tem fotos que ilustram o livro
A Arte da Reciclagem, escrito pelo editor da Horizonte Geográfico, Sérgio Adeodato. O material é referência importante para educadores que pretendem trabalhar temas como reciclagem, lixo e consumo consciente, pois inclui a reflexão sobre os atuais padrões de produção e consumo, e sobre o valor dos resíduos decorrentes desses padrões.

A exposição será realizada até 16 de junho, das 9h às 17h, no Centro Mineiro de Referência em Resíduos (CMRR) – Rua Belém, 40, bairro Esplanada, Belo Horizonte. Informações pelo telefone (31) 3465-1210.

14 de maio de 2008

Reportagem da Horizonte Geográfico recebe prêmio nacional

A revista Horizonte Geográfico acaba de ganhar o Prêmio Sebrae de Jornalismo pela reportagem Bons Negócios no Semi-Árido, publicada na edição 113 (outubro/2007). Com texto de Yuri Vasconcelos e fotos de André Pessoa, a matéria ganhou na categoria Jornalismo Impresso Segmento, e fala dos empreendimentos econômicos e solidários voltados à apicultura e produção de caju, no interior do Piauí.

Na foto, o diretor comercial da Editora Horizonte, Paulo Levy (recebendo o troféu das mãos de Luiz Carlos Barboza, diretor-técnico do Sebrae), que representou a editora na final do concurso. Ele dedicou o prêmio à equipe e às comunidades nordestinas que foram mostradas na matéria.

A reportagem foi base para as primeiras oficinas deste ano da Divisão Educacional da Horizonte. O
Projeto Caju e Mel, que formou no início de 2008 mais de 320 educadores de Teresina, Picos e Oeiras (PI), abordou temas como cooperativismo, sustentabilidade, para aproximar a sala de aula à realidade local.
A alegria com o prêmio é para ser dividida com vocês, educadores que participaram desta oficina!

30 de abril de 2008

Participe do quiz sobre Biodiversidade

Você conhece a biodiversidade brasileira? Responda ao quiz da revista Horizonte Geográfico sobre o tema e concorra ao livro Biodiversidade Brasileira, da Editora Contexto. É só entrar no site da Editora Horizonte e clicar no botão verde, do lado esquerdo, onde se lê Quiz Biodiversidade.

Aproveite e inspire-se no quizz, espécie de questionário eletrônico sobre temas diversos, para estudar ou utilizar a metodologia e desenvolver atividades em sala de aula.

Boa sorte!

16 de abril de 2008

Plano de aula: todo dia era dia de índio

Aproveite o Especial Dia do Índio, no site da Horizonte Geográfico, e produza com seus alunos uma sequência de atividades sobre o tema. A revista tem a tradição de fazer reportagens com freqüência sobre as etnias (na foto, índio xavante de Pimentel Barbosa/MT), abordando sempre um ponto-de-vista socioambiental.O plano é indicado para as aulas de geografia, história e português.

Se você utilizou essa seqüência de atividades, conte para nós no e-mail
educacao@edhorizonte.com.br.

TODO DIA ERA DIA DE ÍNDIO

Objetivos: trabalhar a cultura indígena e propor reflexões sobre a situação atual do índio no Brasil.

Sugestão de ciclo: quinto e sexto anos do ensino fundamental.

Materiais: cópia da letra da música Todo Dia Era Dia de Índio, de Jorge Bem Jor, reportagens do Especial Dia do Índio da Horizonte Geográfico (www.edhorizonte.com.br), cartolina, canetas esferográficas e imagens para a elaboração de cartazes

Tempo de duração: 2 a 3 aulas

- Faça a leitura compartilhada da letra de música (clique aqui para imprimir a letra). Se possível, promova uma audição e reúna os alunos para cantarem.

- Peça para que pesquisam as palavras desconhecidas no dicionário e esclareça com eles o significado. Muitas delas são de origem indígena, como cunhatã.

- Lance perguntas para iniciar o debate sobre a cultura indígena. Como os índios viviam a milhares de anos? E como seus alunos acham que o índio vive hoje, a partir da leitura da música?

- Divida a turma em quatro grupos e distribua cópias das reportagens reunidas no Especial Dia do Índio, que descreve aspectos culturais e os conflitos atuais vividos de quatro etnias indígenas brasileiras. Solicite uma pesquisa extraclasse para complementar informações sobre aspectos dessas etnias – uma fonte de referência é a
Enciclopédia dos Povos Indígenas, da ong ISA.

- Como atividade final, cada grupo pode produzir um jornal ou boletim informativo sobre cada etnia, seus principais problemas, semelhanças e diferenças com nossa cultura.


- Para as escolas que possuem laboratório de informática, uma atividade interessante é pesquisar blogs escritos e mantidos por comunidades indígenas, como o da aldeia Tekoa Pyau, dos guaranis, em São Paulo. Oriente-os a observar fotos e ler os textos postados, e a escrever comentários para estabelecer uma troca de informações com as aldeias.

7 de abril de 2008

Cooperativismo e caatinga na sala de aula - Parte II

Relato do geógrafo Vinícius Madazio, que também coordenou oficinas do projeto Caju e Mel – formando mais de 300 educadores da rede pública de Teresina, Picos e Oeiras (PI) utilizando temas como cooperativismo, bioma da Caatinga e geração de renda:

“Meu trabalho nas oficinas do projeto Caju e Mel foi desenvolvido com professores de Oeiras e Picos, no interior do Piauí. Foi minha primeira vez no Estado e, com isso, a curiosidade pré-chegada era muito grande. O comandante do avião anunciava antes do pouso:

- São pouco mais de 20 minutos para as 23h e estamos nos preparando para a aterrissagem... Teresina apresenta tempo estável, com temperatura de 27 °C.

Imaginei, perplexo: 27 °C às onze da noite? Acho que sentirei calor por aqui! Mas os professores de Oeiras e Picos, no interior do Estado me contaram que se quisesse sentir calor mesmo, deveria retornar nos meses terminados com BRO - setembro, outubro e novembro! Somente em contato com a realidade local é que nós, de outra realidade, temos acesso a esse tipo de informação...

Em Oeiras, uma cidade histórica no sertão piauiense, tivemos a ilustre presença do ‘Preto’, o sr. Francisco (na foto, mostrando um pé de maracujá), que é um cajucultor e líder do assentamento Marambaia, a sete quilômetros do Centro. Há pouco mais de cinco anos, ele trabalhava como gari na cidade, e retornou ao campo para viver da terra. Sua participação foi muito importante para o contexto da oficinas, já que é um exemplo de força, perseverança e fé na potencialidade do semi-árido, e foi muito prazeiroso fazer uma visita técnica a seu assentamento.

Os participantes também visitaram, durante as oficinas, uma das cinco escolas técnicas rurais mantidas pelo trabalho do Padre João e irmã Elenice Atanázio. Baseada na ‘pedagogia da alternância’, na qual os alunos passam quinze dias na escola, retornando para as suas residências nos quinze dias subseqüentes, a escola rural propicia que os alunos apliquem seus conhecimentos na produção de suas famílias, valorizando o que têm, e vislumbrando a possibilidade de permanecer na região, com seus próximos.

Sem querer ser um geógrafo coorporativista, nada melhor do que os estudos de campo para materializar muitas das idéias desenvolvidas durante as discussões teóricas das oficinas.

Pessoalmente, para mim, o Piauí mostrou-se como um exemplo de Estado brasileiro economicamente ‘pobre’, mas social, cultural e ecologicamente ‘muito rico’. Só tenho a agradecer aos professores piauienses! Muito obrigado pela oportunidade!

A poesia das borboletas

A natureza tem lá a sua poesia, não é mesmo? Especialmente no que diz respeito a animais graciosos como as borboletas. Vale a pena conferir a reportagem sobre o tema na Horizonte Geográfico 116, que já está nas bancas, e assistir ao video exclusivo do site que mostra o processo da metamorfose.

A dica é interessante para quem está dentro ou fora da sala de aula - afinal, curiosidade é irmã da poesia...

28 de março de 2008

Sugestão de aula: a água e o clima

Conhecimento científico também “bebe da fonte” do conhecimento tradicional. É por isso que meterologistas ficam atentos sobre o que dizem os chamados Profetas da Chuva, homens sábios do interior do Nordeste (como o da foto ao lado, o sertanejo José Erasmo Barreira) que observam a natureza para prever o tempo. A revista Horizonte Geográfico 115 traz uma bela reportagem de Flávio Bonanome sobre o tema, e é ponto de partida para um plano de aula de geografia. Acompanhe:

Atenção! Essa seqüência de aulas pode ser ponto-de-partida para uma aula sobre o tema aquecimento global. Se você ainda vai discutir esse assunto com seus alunos, aproveite! E se você utilizou essa seqüência de atividades, conte para nós no e-mail
educação@horizontegeografico.com.br.

A ÁGUA E O CLIMA

Objetivos: ajudar os alunos a desenvolver melhor sua percepção sobre os fenômenos, naturais ou não, que interferem no clima, e que têm relação direta com os recursos hídricos

Sugestão de ciclo: quinto e sexto anos do ensino fundamental.

Materiais: reportagem Profetas da Chuva,

Tempo de duração: 2 a 3 aulas

- Retome com os alunos os conceitos de clima e de temperatura , preparando uma aula expositiva sobre o tema.

- Distribua cópias da reportagem e faça uma leitura compartilhada de trechos do texto, levantando as palavras desconhecidas e ajudando-os a entender seus significados.

- Abra o debate para que os alunos reflitam sobre a reportagem: como os personagens que aparecem nas fotografias conseguem descobrir se vai chover ou não em suas regiões? O que eles observam para fazer essas “previsões”?

- Solicite aos alunos que, durante uma semana, observem e anotem fenômenos ligados ao clima e à temperatura onde vivem, diariamente, anotando também o horário das observações. De preferência, essas observações devem ser feitas em dois horários e locais diferentes:

1) Descrição breve do lugar observado: um bairro bem arborizado? Ou bem urbanizado? Próximo a algum rio ou córrego?
2) Como está o céu? Chovendo? Com nuvens? Qual a forma das nuvens? Ou o céu está ensolarado?
3) Como está a temperatura? Quente? Fria?
4) Como está o vento? Calmo? Parado? Forte?

- Durante esse período, você ou seus alunos devem recortar as previsões do tempo diariamente, a partir dos jornais ou de sites de meterologia, como o Climatempo
.

- Após uma semana, tire cópias das previsões do tempo e coloque visível na lousa. Peça aos alunos que comparem as suas anotações com as previsões. Foram parecidas? Ou muito diferente do que eles anotaram? Vocês podem discutir sobre as influências do clima, que podem ser diferentes de uma região para a outra, e variar conforme o relevo, a distribuição de oceanos, rios e continentes, fatores como a cobertura vegetal e o desenvolvimento urbano.

- Baseados em suas anotações e observações do clima e da temperatura nesse dia de debate, na escola, solicite aos alunos que simulem a sua própria previsão do tempo para o dia seguinte e justifiquem a partir de suas observações. Selecione alguns alunos para que leiam o resultado para a classe.

24 de março de 2008

Água na sala de aula

Tema recorrente na sala de aula, água rende boas discussões e atividades junto a seus alunos. Para se inspirar, veja o especial que a revista Horizonte Geográfico produziu, reunindo links de cinco reportagens que mostram os diversos aspectos do tema água. Algumas sugestões aqui da educação, para você trabalhar cada reportagem:

Água de Mais, Água de Menos
Uma reflexão sobre onde sobra e onde falta o recurso e a questão do potencial energético. Interessante para as aulas de geografia.

Retomando a Vida
Bela viagem na região do rio Tocantins, no Pará, 20 anos após a construção da Hidrelétrica de Tucuruí. Para as aulas de Ciências, vale como ponto de partida para discutir sobre a interferência do homem sobre a natureza, que nem sempre é apenas negativa.

O Rio da Polêmica
Assunto atual: a transposição do rio São Francisco. Como reza o preceito das boas reportagens, mostra a opinião tanto de quem discorda da obra quanto de quem acha a mesma positiva para o Nordeste. Texto interessante para trabalhar a dissertação nas aulas de Língua Portuguesa, no Ensino Médio.

Uma Questão de Cultura
Águas nas aulas de Artes? Por que não? O tema inspira a cultura popular, como acontece com as carrancas do rio São Francisco. Para as aulas de história, uma linha do tempo mostra a história da eletricidade no Brasil - ligada, é claro, à questão da água.

Encontro com as Águas Brasileiras
Viaje com o casal de aventureiros Gérard e Margi Moss, que percorreram o país a bordo de um avião anfíbio para traçar o mapa da qualidade das águas brasileiras - mote para trabalhar a leitura de mapas na aula de geografia.

Você lê todas essas reportagens clicando no link Especial Águas no site Horizonte Geográfico.

17 de março de 2008

Cooperativismo e caatinga na sala de aula

Relato de Maria Inmaculada Rodriguez, gerente da Divisão Educacional da Horizonte, sobre o Projeto Caju e Mel - que formou no ínicio de 2008 mais de 320 educadores da rede publica de Teresina, Picos e Oeiras (PI) utilizando temas como cooperativismo, bioma da caatinga e geração de renda:

Quando desembarquei em Teresina na véspera de iniciar as oficinas Caju e Mel, carregava comigo mais do que os papéis do trabalho, os livros de apoio e as orientações sobre os temas; carregava, principalmente, as minhas expectativas. Como seriam os professores do Piauí? Quais seriam os seus interesses na área? Como eles atuam com seus alunos?

Eram tantas perguntas.... enormes expectativas para um trabalho que se iniciava....

O primeiro dia trouxe com a chuva um número pequeno de professores, cerca de 18 participantes, mas que carregavam consigo um grande interesse em compartilhar experiências, em rever conceitos, em expôr suas incertezas. Foi um dia muito proveitoso.

No dia seguinte, um número maior de professores, falantes, simpáticos e ávidos por novas experiências. Demonstraram domínio dos assuntos tratados, relataram experiências vividas no semi-árido, buscaram o tempo todo por mais informações. No final da atividade, uma agradável surpresa: a união de um grupo de educadores que, reunidos após os trabalhos, elaborou um documento solicitando à Emater (Instituto de Assistência Técnica e Extensão Rural do Piauí) que ajudassem a organizar visitas às cooperativas de apicultores e às mini-fábricas dos cajucultores.

Senti um entusiasmo ao vê-los tão envolvidos com a continuidade do que iniciamos na oficina. Para completar a minha experiência, o terceiro grupo superou as expectativas e mostrou que sabia tudo e um mais um pouco. Quando questionados sobre os seus alunos, uma professora reflexivamente comentou que era exatamente isso que estávamos mostrando para eles, levando-os a perceber que estratégias pedagógicas variadas permitiriam que eles atingissem seus alunos com mais eficiência, tornando as aulas mais interessantes para todos. Confesso que sai muito feliz desse trabalho.

É isso, caro educador. As experiências nessa oficina coordenada pela Divisão Educacional da Horizonte Geográfico nos apontam como podemos aproveitar a realidade local para ampliar os conhecimentos de nossos alunos. Todos os conceitos teóricos, tais como extrativismo sustentável, cadeias produtivas, o estudo de biomas, como a caatinga e o cerrado; a relação do homem com a terra, a produtividade, a organização de mercado, entre outros, podem ser abordados a partir da vivência local.

Habilidades de leitura e interpretação de textos informativos, análise de mapas e de gráficos, leitura de imagens, construção de esquemas, são estratégias metodológicas que facilitam a aquisição desse conhecimento. Você também pode aplicá-los à realidade de sua região – basta abrir “os olhos e o coração” para tudo o que seu Estado ou localidade tem de bom para mostrar!